Evento terminou em tragédia com a morte de Patrícia Oening Foss, de 38 anos, atropelada por um Porsche durante exibição
A delegada da Polícia Civil, Jucinês Ferreira, afirmou que a apresentação de carros de luxo realizada em Grão-Pará, na última sexta-feira (22), “sequer deveria ter acontecido”. O evento terminou em tragédia, com a morte de Patrícia Oening Foss, de 38 anos, que foi atropelada por um Porsche durante uma volta de exibição.
O veículo era conduzido por um médico neurocirurgião de 39 anos, que chegou a ser preso em flagrante, mas foi liberado para responder em liberdade pelo crime de homicídio culposo — quando não há intenção de matar.
Além da vítima fatal, outras duas mulheres ficaram feridas, receberam atendimento hospitalar e já tiveram alta médica.
Segundo a Polícia Civil, os organizadores haviam regularizado parte da documentação, mas não obtiveram o alvará específico para a área do evento.
“A apresentação propriamente dita sequer era para ter acontecido, porque todas as supostas autorizações solicitadas eram para a corrida oficial do fim de semana, e não para aquela exibição”, destacou a delegada.
O acidente aconteceu por volta das 19h, quando o carro perdeu o controle, avançou sobre a área de escape e atingiu o público.
O Instituto Geral de Perícias concluiu que os freios do Porsche funcionavam normalmente. Já a Polícia Militar informou que o motorista permaneceu no local, prestou auxílio às vítimas e só deixou a cena após o tumulto formado. O teste do bafômetro deu resultado negativo.
Em nota, a defesa do condutor declarou que ele é piloto federado no Rio Grande do Sul, prestou socorro imediato e que as causas do acidente devem ser esclarecidas com os laudos técnicos. Os advogados também alegaram que havia aglomeração em uma área que deveria estar isolada.
A organização do evento, Subida de Montanha de Grão-Pará, lamentou a tragédia, anunciou o cancelamento da edição deste ano e afirmou que está prestando suporte às famílias das vítimas.
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