Governador Cláudio Castro afirma que três pedidos de auxílio militar foram negados; Luiz Inácio Lula da Silva rebate dizendo que federal já atendeu solicitações
O governo do Rio de Janeiro anunciou uma grande ação policial, realizada nesta terça-feira (28), nos Complexo do Alemão e Complexo da Penha, na Zona Norte da capital. A operação resultou em 64 mortos e pelo menos 81 presos, segundo relatório mais recente do governo estadual. O Tempo+1
O governador Cláudio Castro afirmou que o estado solicitou três vezes o apoio das Forças Armadas, que teriam sido indeferidos, levando o RJ a agir sozinho com suas forças de segurança. Gazeta do Povo+1
Em resposta, o Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) emitiu nota dizendo que “tem atendido prontamente todos os pedidos do governo do Estado do Rio de Janeiro para emprego da Força Nacional” desde 2023. Poder360
Dados da operação
2.500 agentes (Polícia Civil e Militar) mobilizados. O Tempo+1
Apreensão de mais de 75 fuzis até o momento. O Tempo
Entre os mortos, ao menos quatro são policiais — dois civis e dois militares. O Tempo
O alvo declarado é a facção Comando Vermelho, com atuação nas áreas atacadas. O Tempo+1
Controvérsia federal-estadual
Cláudio Castro afirmou que o governo federal condicionou o uso de blindados ou tropas à formalização de Garantia da Lei e da Ordem (GLO), mecanismo que depende de decreto presidencial, e que essa exigência foi o motivo das negativas. Gazeta do Povo
Por outro lado, o MJSP aponta que o apoio via Força Nacional está em curso e que as solicitações foram atendidas. Há, portanto, divergência pública quanto ao nível de colaboração federal. Poder360
Perspectivas
A operação, caracterizada como a mais letal da história recente do estado, suscita questionamentos sobre coordenação entre esferas de governo, direitos humanos e os métodos das forças de segurança. O cenário também reacende o debate sobre o uso de GLO e blindados em operações urbanas.
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