Réus recebem penas de 35 e 32 anos de prisão por homicídio, tentativa de homicídio e participação em facção criminosa
Dois homens foram condenados pelo Tribunal do Júri da Comarca de Tubarão pelos crimes de homicídio, tentativa de homicídio e organização criminosa. Eles foram responsabilizados por um ataque brutal ocorrido em agosto de 2022, quando uma família foi alvo de diversos disparos dentro de casa. As penas aplicadas foram de 35 e 32 anos de prisão, em regime fechado.
Segundo o Ministério Público de Santa Catarina (MPSC), os acusados, integrantes de uma facção criminosa, foram até a residência da família durante a noite e atiraram diversas vezes contra o imóvel. A mãe, Graziela Antunes, de 31 anos, morreu no local. O pai foi gravemente ferido e precisou ficar afastado do trabalho por mais de 30 dias. O filho do casal, de apenas dois anos, sofreu múltiplas fraturas e ficou paraplégico.
O homicídio contra o pai e a criança não se consumou porque o homem conseguiu fugir e pedir socorro a vizinhos, que levaram a família ao hospital.
Os jurados reconheceram as qualificadoras de motivo torpe — já que os criminosos suspeitavam que o pai pertencia a um grupo rival — e recurso que dificultou a defesa das vítimas, pois os disparos foram feitos de forma repentina, do lado de fora da residência e durante a noite.
De acordo com a denúncia, o ataque foi motivado por um comentário em tom de brincadeira feito pelo pai a um adolescente vinculado a facção adversária, que relatou o episódio aos réus, levando-os a planejar a ação criminosa.
Um terceiro envolvido, também integrante da facção, foi condenado a quatro anos de prisão por organização criminosa, já que não participou diretamente dos disparos.
O Ministério Público anunciou que vai recorrer da sentença, pedindo o aumento das penas impostas aos réus.
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