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SEGURANÇA

Polícia Civil abre inquérito para investigar injúria racial e agressão contra tubaronense

Familiares e amigos da vítima farão uma manifestação neste sábado contra atos racistas.

Tubarão - SC, 24/05/2023 16h40 | Por: Redação | Fonte: Sul Agora

A Polícia Civil de Tubarão instaurou um inquérito para apurar o caso de injúria racial e lesão corporal sofridos por André Lucio Lima.


André, que tem 35 anos e é gerente de frota, foi agredido e chamado de “macaco” na madrugada do último sábado (20) após ser abordado por um grupo de, pelo menos, cinco homens na rua Padre Geraldo Spettmann.


De acordo com o delegado Uiliam Soares da Silva, após ouvir a vítima, a polícia busca identificar os envolvidos na ocorrência. “Vamos coletar todos os dados sobre o fato para, ao final, indiciar ou não os suspeitos deste crime”, aponta Uiliam.

 

Manifestação
 

Neste sábado (27), familiares e amigos de André organizam uma manifestação contra atos racistas em Tubarão. A manifestação está prevista para iniciar às 10h e a concentração inicia uma hora antes, na antiga rodoviária da cidade.


Os participantes seguirão até o Centro Municipal de Cultura Willy Zumblick, na avenida Marcolino Martins Cabral. “Respeito não tem cor, tem consciência”, explica o cartaz da manifestação.


Entre as organizadoras do evento, está Camila, esposa de André. “Queremos justiça. Foi uma covardia, tanto física quanto verbal. A injúria e o racismo não podem mais ficar impunes. Sem falar da violência bruta que foi”, diz Camila.

 

Ocorrência durante a madrugada


“Fui à inauguração de uma casa de festas. Em frente a essa casa tem um bar onde estava esse grupo de motoqueiros. Na saída, em torno de 3h, fui buscar meu carro e passei em frente a esse local. Naquele momento eu estava só. Eles me ofenderam com palavras de baixo calão e me chamaram de macaco. Depois, vieram para cima. Em nenhum momento fui agressivo”, conta André.


Pessoas que estavam na rua registraram o momento das agressões. No vídeo, que circula pelas redes sociais, é possível ver que o grupo se aproxima da vítima e, em determinado momento, André é imobilizado e agredido com socos. “Ao menos dois deles teriam me agredido. Eu estava embriagado, não nego. E não faço o uso de nenhum tipo de droga. Inclusive vou fazer um exame toxicológico pra provar. Naquela hora, só fui pra trás”, explica.


A Polícia Militar foi acionada e registrou o caso como lesão corporal leve e injúria racial. Quando a guarnição chegou no local, André já estava sendo atendido pelo Corpo de Bombeiros. Depois, ele foi encaminhado ao Hospital Nossa Senhora da Conceição para atendimento médico.


“Ele apresentava lesões em seu rosto e relatou à guarnição que não conhece os masculinos que lhe agrediram. Relatou também que foi vítima de injúria racial, sendo que os masculinos lhe chamaram de ‘macaco’ e ‘nojento’ enquanto estava sendo agredido”, detalhou a PM.


Injúria x racismo


Em janeiro, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou a lei que equipara o crime de injúria racial ao de racismo. Injúria racial é quando a honra de uma pessoa específica é ofendida por conta de raça, cor, etnia, religião ou origem. Já o de racismo é quando o agressor atinge um grupo de pessoas.


Antes da lei, a pena para injúria racial era de reclusão de um a três anos e multa. Com a sanção, a punição passou a ser prisão de dois a cinco anos. A pena será dobrada se o crime for cometido por duas ou mais pessoas.

Informe Sul

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