Laudos confirmam a presença de gás tóxico em BMW customizada; investigação aponta responsabilidade por alterações no veículo
A tragédia que resultou na morte de quatro jovens em Balneário Camboriú, no dia 1º de janeiro de 2024, foi causada pela asfixia de monóxido de carbono, conforme conclusão dos laudos periciais divulgados em coletiva de imprensa pelas autoridades de Santa Catarina. Os jovens foram encontrados desacordados dentro de uma BMW que passou por diversas customizações.
Os exames comprovaram que o gás tóxico escapou pelo sistema de ar-condicionado do veículo, que sofreu ao menos três alterações em sua estrutura. A investigação está focada em responsabilizar aqueles que realizaram as modificações, podendo ser indiciados por homicídio culposo, de acordo com o delegado Vicente Soares.
Gustavo Pereira Silveira Elias (24 anos), Karla Aparecida dos Santos (19), Tiago de Lima Ribeiro (21) e Nicolas Kovaleski (16) foram encontrados desmaiados dentro do carro estacionado na rodoviária da cidade. Apesar dos esforços de socorro, as mortes foram confirmadas no local.
O delegado destacou a necessidade de ouvir os mecânicos responsáveis pelas mudanças no veículo, indicando que o inquérito inclina-se para o indiciamento por homicídio culposo. A perícia também descartou a presença de substâncias ilícitas no interior do veículo, e o motorista não apresentava sinais de ingestão de álcool.
Coletiva detalha causa das mortes de jovens em BMW em Balneário Camboriú — Foto: Patrick Rodrigues/NSC Total
Além de esclarecer a causa da morte, a Polícia Civil concluiu que não houve chamadas para o Samu pelos celulares das vítimas antes do incidente, contradizendo informações iniciais. O delegado-geral, Ulisses Gabriel, afirmou que não foram identificadas ligações dos jovens para o serviço de emergência naquele período.
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