Companheiro da vítima confessou o crime; alegou motivação relacionada a suposta traição
A Polícia Civil prendeu em Florianópolis, na terça-feira (26), o acusado pelo feminicídio de Franciele de Jesus Fogaça, de 31 anos, ocorrido em Içara, Sul de Santa Catarina, em 23 de dezembro. O homem, que era companheiro da vítima, fugiu após o crime levando consigo os filhos, um menino de quatro anos e uma menina de três.
O suspeito confessou ter cometido o crime durante o interrogatório, detalhando o ocorrido e alegando que a motivação seria a descoberta de uma suposta relação extraconjugal da vítima.
O delegado-geral de Santa Catarina, Ulisses Gabriel, informou através das redes sociais que a prisão ocorreu na capital catarinense e que os filhos do casal estão sob cuidados da avó paterna, no Paraná. "Parabéns a todos que atuaram na busca pela justiça no triste episódio. A vida não será trazida de volta, mas a lei será cumprida", declarou.
Franciele, torcedora do Tigre que morreu na última sexta-feira (23) – Foto: Reprodução/Redes Sociais
Franciele de Jesus Fogaça era torcedora do Criciúma Esporte Clube e membro da torcida organizada Guerrilha Jovem. Em nota, o Tigre se manifestou sobre a morte precoce da mulher. Confira na íntegra:
“O Criciúma Esporte Clube lamenta profundamente o falecimento de Franciele de Jesus Fogaça, vítima de feminicídio na noite de sábado (23/12). Ela era membro ativa da torcida organizada Guerrilha Jovem e nos deixou aos 31 anos de forma brutal.
O clube repudia os atos de feminicídios e de violência contra mulheres ocorridos em nosso país e em todo o mundo. Já é passada a hora de acabar com situações deste tipo que tanto preocupam toda a sociedade. De acordo com dados do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, o Brasil registrou 722 feminicídios entre janeiro e junho deste ano, 2,6% a mais do que os crimes de mesma natureza contabilizados no primeiro semestre de 2022.
Prestamos condolências à família e amigos da Franciele, e aos componentes da organizada Guerrilha Jovem. Nosso pesar também se estende a todas as mulheres vítimas de violência no nosso país e no mundo.
Denuncie a violência contra a mulher ligando 180. Não podemos fechar os olhos diante de acontecimentos e de dados tão terríveis.”